04 julho 2011

O que há em você?

Hoje temos mais graus acadêmicos e menos bom senso; muitas informações e menos discernimento; mais medicina e menos saúde.

Comemos, bebemos e fumamos demais, gastamos de forma excessiva para nos mantermos consumindo; dirigimos rápido demais, nos irritamos mais ainda; assistimos muita TV e oramos raramente.

Voltamo-nos aos nossos próprios interesses e damos pouca atenção aos nossos amigos, aos nossos familiares, ao nosso entorno.

No nosso mundo só cabe a realidade que existe pra nós e ignoramos que fora dele há miséria, guerras, fome e violência.

Quando gozamos de saúde e tudo vai bem pouco nos preocupamos com o sentido da vida. Ignoramos que estamos sujeitos a doença perdas, velhice e que a morte é inevitável.

Queremos ter maiores rendimentos, maior popularidade, status, fama, poder, mas perdemos nossas referências morais.

Tirar vantagem virou moda, corruptos, gigolôs, interesseiros e oportunistas ganham o mundo.

Para quem quer se dar bem todos os meios se justificam e são válidos. A inversão de valores nos faz pensar quais devem ser cultivados na educação dos nossos filhos.

Esses são os tempos do fast food e digestão lenta, relacionamentos rasos, constantes dúvidas e predomínio de sensações ocas.

De lucros expressivos e caráter baixo.

Esses são os tempos em que se almeja a paz mundial, mas se vivencia esfacelamento das relações nos próprios lares; os vícios parecem uma fuga de uma realidade insuportável.

Há muitos adornos e muita superficialidade. Há muita ambição e indiferença.

E em você, o que há?

(autor desconhecido, com adaptações)

2 comentários:

Antiherói disse...

Suas palavras são sensatas e humanas, porém não consubstanciam a realidade.Vivemos tempos como todos já viveram.O homem não é um animal em evolução moral, somos exatamente como já fomos.Egoístas desde quando o neanderthal apareceu por aqui, e certamente ele matava para comer e se escolheu uma fêmea para procriar, o fez para saciar seus instintos naturais, não por amor.É triste mas não somos tão diferentes daquele hominídeo primitivo, cá estamos para proteger nossa prole e deixar o máximo de ouro que pudermos amealhar para que o futuro dos filhos esteja garantido.Isto explica a fome de poder e pertences da qual nos consumimos.Certamente não há nenhuma alegoria nisso.É natural.Com o tempo enfeitamos as relações e criamos sociedades em que impera o individualismo, a ganância, a solidão, a miséria, a violência, o medo e a tristeza.Os eufemimos denominados alicerces da moral, são destruídos gradativamente e assim assistimos a tudo como a um espetáculo, aplaudindo, como nas arenas de roma, nossos iguais sendo comidos por feras, porém estamos inseridos neste contexto.Estranho, esta é a palavra que melhor representa meu sentimento perante tudo.E mais estranho ainda é que não há o que fazer para estirpar o mal, pois ele está presente nas entranhas do ser humano, indelevelmente.

viviane zucchini disse...

Antiherói! Primeiro, é necessário corrigir injustiças. Dos três textos do blog, esse em especial, reflete muito a essência do que penso. Porém, trata-se de autoria desconhecida - correção feita!...embora com uma mudança aqui e acolá.
Sigo agora refletindo sobre as suas palavras...